No começo do mês de Maio saiu na internet a notícia de que o médico nigeriano Jeremiah Abalaka teria descoberto a cura da AIDS e testado em si mesmo embasando-se nas pesquisas realizadas com prostitutas africanas que adquiriram imunidade a doença.

Assim que li, fiquei com um sentimento misto de alívio e desconfiança, mas esperei para o ver qual buzz uma notícia com essa causaria no mundo. Esperei, esperei... E até agora, nada. Logo, algo de errado tem nisso. Como eu sei que o pessoal gosta de uma teoria da conspiração, vamos tentar supor algumas possíveis causas de essa notícia não virar notícia:

1º.: O tal médico estava só querendo aparecer e inventou que tinha descoberto a cura da doença.

2º.: Ele ainda não conseguiu reunir provas suficiêntes para convencer a comunidade ciêntífica de sua descoberta.

3º.: Simplesmente não quiseram reconhecer que um médico africano, trabalhando sem as mínimas condições necessárias para uma pesquisa como essa, tenha conseguido descobrir a cura do HIV e os laboratórios das transnacionais farmacêuticas com os nomes mais conceituados da área trabalhando com esse objetivo nos países desenvolvidos não.

4º.: O Doutor Abalaka está tomando o devido cuidado de patentiar tudo que envolve a sua pesquisa e consequênte descoberta antes de tocar no assunto novamente para não ser trapaceado pelas grandes indústrias farmacêuticas.

5º.: Como a vacina contra o HIV/AIDS seria comercializa em grandíssima escala e gerará lucro escandaloso para a empresa fabricante, o descobridor estaria vendo ainda qual empresa faz a melhor oferta para garantir assim o futuro de seus tataranetos.

6º.: É talvez a que eu menos goste e mais acredite que seja possível. Quem viu "O Jardineiro Fiel", dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, percebeu o quão as indústrias famacológicas faturam com as mazelas da Mãe África e que quem luta contra isso acaba morrendo. O roteiro do filme "O Jardineiro Fiel" foi baseado na ficção româncista homônima de John Le Carré, que escreveu numa nota final do livro que sua história, se comparada à realidade da selva farmacêutica, era um "pacato cartão-postal de férias".

Sendo assim, jogo enfim a minha 6ª e última teoria: Os dirigentes das maiores indústricas farmacêuticas do mundo teriam convencido o Dr. Jeremiah Abalaka, um possível segundo salvador da humanidade, a deixar suas descobertas trancadas a 71 chaves num cofre largado no meio do deserto do Saara, a base de muita pressão fiscal, para assim eles continuarem vendendo seus remedios controladores do efeito da doença e que todos os países do mundo precisam comprar.

O raciocínio é simples. Por que trocar a real e atual possibilidade de ganhar dinheiro para sempre por fabricar a cura da AIDS, acabar com uma das maiores pragas da história da humanidade e ganhar muito dinheiro mas somente desta vez?

Lembrando que o doutor disse que teria descoberto além da cura, uma vacina contra a AIDS, imunizando a todos de uma única vez. Sendo assim, a AIDS se tornaria uma doença tão simples de se tratar quanto uma gripe.

Se esta minha última alternativa teória estiver correta, será somente mais uma exemplificação do poder do ser humano de construir e implodir sonhos com a mesma facilidade. Já disse e repito. Do mesmo jeito que o mal do Brasil é o brasileiro, o mal do mundo o "sERHUmano".

OBS.: As leituras que me incendivaram a esrever esta matéria foram lidas no Novo Mundo e no Bizrevolution.